terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Expedições Jesuítas a Massacará - Bahia


“Este vasto espaço que olho não, pode abranger de nenhum ponto, cortado de pequenos vales e de elevações sem número, não permite construir uma cidade traçada a régua, com ruas retilíneas rodeando quadros de casas bem quadradas e todas parecidas como é o costume nas outras cidades da América Espanhola”. (Viajante Anônimo)
Com o fiasco das Capitanias Hereditárias e a implantação do Governo Geral, Salvador foi escolhida para ser a primeira capital da colônia. A cidade possuía excelente localização e ficava no coração do centro econômico do continente que era voltado à cana-de-açúcar. Além disso, era rota de apoio no caminho para as Índias.
A igreja também passou a ter grande influência sobre a população, vindo ao novo mundo em missões que buscava catequizar os índios. Esses dividiam-se em dois grupos: os aculturados que já faziam negócios com os brancos e os que fizeram acordos com os franceses e viviam em conflito com os portugueses, desse modo, “os homens das tribos inimigas eram mortos ou escravizados, as índias eram feitas mancebas” aumentando o número de caboclos que se espalhava das cidades ao sertão. Era para o sertão também que fugiam os índios que não se envolviam com o homem branco. A marca dessa evasão pode ser vista anos depois quando os Franciscanos e Jesuítas passaram a desbravar estas terras em sua missão catequista. Um exemplo dessa marca está na Igreja da aldeia de Massacará localizada em Euclides da Cunha e sede da tribo dos Kaimbé, que, mais tarde, em 1689 recebeu uma igreja e um convento marcando assim a conversão de seus habitantes.



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